E assim, ela partiu
Há pouco mais de um ano,
perdi a minha avó.
Desde então, posso vê-la e senti-la em outras pessoas, em coisas e
em recordações.
Minha avó partiu em abril de 2021,
como quem anseia chegar ao destino incerto,
como quem sempre adiou, mas no momento, não tinha como mais adiar;
e assim, ela partiu.
Dói cada lembrança,
cada vontade de tê-la ao meu lado, ter alguma novidade para contar,
e saber que não irei mais vê-la.
Essa despedida eterna, machuca muito.
E por isso, sempre que vejo uma senhorinha pelas ruas, eu posso vê-la e imaginar
se seria ela, como seria, o que ela estaria fazendo...
Minha avó está em mim,
e sempre estará.
Hoje acordei saudosa,
saudosa da minha véinha que morria de medo de morrer,
mas partiu para o nunca mais.