Uma humanidade impulsionada pela sabedoria

Que o medo de sofrer nunca se sobreponha à vontade de amar. Que a marca tatuada pela ingratidão nunca mitigue a coragem de exercer o gesto genuíno de estender a mão e fazer a diferença na vida de alguém. Que nunca permitas que a dor do que não agregou te encarcere no presídio da amargura e te tornes um eterno escravo de si mesmo, das próprias emoções. E que nunca as emoções devastadas sejam retroalimentadas. Que a coragem para vencer seja demasiadamente maior que o medo de perder. Pois, meu caro leitor(a), para quem sabe filtrar as experiências da vida e assimilá-las até digeri-las por inteiro no tempo certo, perdas não existem na arquibancada da vida. Perdas merecem ser arquivadas. Em outros termos, perdas nesse contexto são apenas narrativas enraizadas no subconsciente popular de origem muito primitiva aptas a causarem um déficit de resiliência. Na vida, eu ganhou ou eu aprendo, e nas duas opções, ganho do mesmo jeito. É simplesmente uma questão que diz respeito a sob qual perspectiva você vê o que acontece. E por fim, que sejamos em primeiro plano o que o Pai celestial se agrade que sejamos, e em segundo, o que realmente queremos ser, o que transborda o nosso eu, e jamais aquilo que fizeram conosco. Porque as minhas atitudes são definidas pelo meu caráter e pelos meus ideais, não sou pré-determinada pelas atitudes dos outros. Diga-se de passagem, já dizia Simone de Beauvoir: "Não importa o que fizeram com você, e sim o que você fez com o que fizeram de você". E em síntese, sei que tudo é passageiro, por isso busco a sabedoria.

Ane Cardoso
Enviado por Ane Cardoso em 30/05/2022
Reeditado em 31/05/2022
Código do texto: T7527171
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