Tradição

Caiu o balão.

Surgiu a neblina.

Tinha sol.

Veio a chuva.

Olha a chuva!

A chuva,desfez a trança da menina.

O túnel alagou.

O vento foi arrojado.

Cadê a fogueira?

Tá bem longe do cerrado.

O tempo é de São João.

Tem canjica.

Tem pamonha.

Tem milho verde,munguzá e quentão.

Lá vem o São João.

Bandeirinhas,colorindo um

palhoção.

É tempo de tradição.

Doce de leite,doce São João.

Tem forró.

Tem quadrilha.

Tem pé de moleque .

Tem forró,para o

casal dançar coladinho,

feito chiclete.

Tem sanfona.

Tem zabumba,mantendo nossa tradição.

É xote, xaxado e quadrilha,trazendo aquela animação.

Vestidos coloridos.

Xita,na estampa da roupa das meninas.

Chapéu de palha do matuto.

O coração cria impulso

com os aplausos das apresentações juninas.

Veio a chuva,desfez a trança da menina.

Mas não tirou o ritmo da alegria,dançando no coração.

Os dias de dilúvio,virou canção.

O som,veio do alto da serra, fatigada das chuvas.

A fogueira reacende

essa festa, feito canção que anima seresta.

Uma noite junina, tem forró pé de serra.

É xote, xaxado,triângulo, zambumba, ao som do Luiz Gonzaga.

Acende a fogueira,o milho tá na brasa.

É Nordeste, é São João.

Não tem chuva no mundo que consiga escoar essa nossa tradição.

SHIRLEY LIMA
Enviado por SHIRLEY LIMA em 16/06/2022
Reeditado em 16/06/2022
Código do texto: T7539019
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