ELECTRA

Escrever apenas? Sinto muito, mais ir além, trazer de forma encoberta o que está por trás de uma estrutura viva, apresentando meu incrível método de enfatizar o que com muita pressão se desprende do gancho, onde é armazenada a substância. Sem que nada constrange ou intimida a displicência de prosseguir partindo com tudo pra cima, já alcançava o que era uma prova triunfal, na certeza de que conseguia tocar no meu pensamento. Dormência, apatia, medo, lembranças, nada podia me imobilizar, o golpe atravessou o limiar do início do que cantava pra vida !! Atraía com força total o desejo, explosão de catarse, eletricidade de uma liberdade sem limite. Neste instante sentia, cheiro do passado, como se nada tivesse acontecendo, experimentava algo que refrescava a mente, alternando, já era o bastante para provar um pouquinho do que passou, sentindo mais forte, aproveitava o momento, sabendo que a qualquer instante iria passar. Sugava o máximo que conseguia, antes de expirar, arremessava com força total a plenitude de doar, sendo que o que sustentava era imprevisível calcular, invisibilidade generalizada de quem se opunha em contradizer tamanha opulência.

Juliana Amorim Alves
Enviado por Juliana Amorim Alves em 30/06/2022
Reeditado em 22/01/2023
Código do texto: T7549221
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