QUERIA SER AQUELE PAU, QUE ME DEIXOU COM CARA DE PAU
Queria ser aquele pau
Que com muita raiva e mágoa
No coração, lancei para o meio da água
Porém abraçou o novo destino que lhe atribui
Sem resistir, e sem reclamar
Deixando-me com mais raiva ainda porque não se afundou
Então lancei pedras sobre ele, porém a sua única reacção foi continuar flutuando
Na verdade eu estava com inveja, já que estava me afundando em um mar de frustrações!
Queria que tudo em minha volta se afundasse junto comigo
Fiquei com inveja daquele pau, pois queria que meu coração fosse tão leve, o suficiente para aprender a considerar, a abraçar a vida sem reclamar
A não me deixar afundar mesmo em meio às adversidades.
É! Foi incrível, como um simples pedaço de pau
Deixou-me envergonhado e com cara de pau
Fez-me entender que a simplicidade
É o segredo da felicidade
Que preciso conhecer a mim mesmo
Para que nunca me ofenda, por mais que seja apedrejado
Para quê reagir perante calúnias, se só são calúnias
A raiva só mostra o quão inseguro e ignorante sou, sobre quem sou.