Lobo carregando uma lanterna

Em meio a frio da noite, entre o cair de lágrimas do céu, sob o brilho de estrelas dançando no firmamento, o alguém invisível...um rosto sem face, perdido na canção do silêncio, permanecer a caminhar em meio a nenhum lugar. Lobo cinzento de papel carregando uma lanterna, caminhando em meio ao caminho sem caminho...sangrando por sonhar que poderia além da canção sem canção alcançar. Criatura sob a máscara invisível em meio ao clamor inaudível de sua alma a sangrar...por um momento acreditar que seu coração poderia além do azul do silêncio chegar. Fantasma que não pode ser visto, sempre a caminhar...sempre a se perguntar...o porquê de sua alma se estilhaçar, por ousar outro coração alcançar. Humano tolo por acreditar que poderia além do silêncio caminhar, mas que acabou por compreender que nenhuma outra alma jamais irá se importar se desaparecer. Humano condenado ao exílio da humanidade, punido com o saber que não se pode ter humanidade longe da humanidade. Andarilho caminhando em um mundo que o condenou há não ter lugar que possa habitar.