Sobre o Silêncio
Constantemente
ele está lá distante
Está oco, a cabeça está vazia.
O peão roubou minha peça en passant
(E se queime os bispos)
E me dá um calor
Frio na barriga
E me gera ansiedade
E no vento quente dessa cidade
Já fiz tudo, de verdade
Me escondo onde ele me abriga
O meu castelo.
"Calado vence?"
Até quando não vou poder gritar as vitórias que vivenciei
Cada pedra que carreguei
Que me trouxe até aqui, batendo forte com o punho em meu peito
Feliz que eu me leito
Onde me deixarei levar ao meu sono eterno
Após brindar com milhões de subalternos
Vitórias que não foram deles, e sim minhas
Que em seus castelo, se apodreçam e criem vinhas
Pois ei de ser desrespeito não brindar comigo
O rei
independente da cor que carregarei
Era pra falar de silêncio
Falei do que eu pensava
Desculpa, eu estou confuso.
É que meu silêncio anda barulhento demais.