Sobre o Silêncio

Constantemente

ele está lá distante

Está oco, a cabeça está vazia.

O peão roubou minha peça en passant

(E se queime os bispos)

E me dá um calor

Frio na barriga

E me gera ansiedade

E no vento quente dessa cidade

Já fiz tudo, de verdade

Me escondo onde ele me abriga

O meu castelo.

"Calado vence?"

Até quando não vou poder gritar as vitórias que vivenciei

Cada pedra que carreguei

Que me trouxe até aqui, batendo forte com o punho em meu peito

Feliz que eu me leito

Onde me deixarei levar ao meu sono eterno

Após brindar com milhões de subalternos

Vitórias que não foram deles, e sim minhas

Que em seus castelo, se apodreçam e criem vinhas

Pois ei de ser desrespeito não brindar comigo

O rei

independente da cor que carregarei

Era pra falar de silêncio

Falei do que eu pensava

Desculpa, eu estou confuso.

É que meu silêncio anda barulhento demais.

Matheus Mopa
Enviado por Matheus Mopa em 28/07/2022
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