Palavras de meia vida

Como pode eu, filho das estrelas e do cosmos eterno, feito para olhar para o céus com olhos infinitos, tão velho como o brilho de uma supernova estar cada vez mais fora de órbita e sendo puxado com seria gravidade para fora de mim.

Com esse verso exagerado eu começo o meu depoimento..

Depoimento de uma pessoa comum, que como qualquer pessoa comum já almejou, sonhou e já se idealizou como uma pessoa especial. O tempo passa e a ideia de ser especial deixa de ser algo tão especial, as repetições da vida (assim como as repetições desses versos) começam a se tornar mais presente: Alegrias, tristezas, conquistas, perdas, sorrisos e lágrimas, tudo uma hora ou outra vira uma lembrança agridoce, e essas lembranças viram terreno vertil para se plantar ervas venenosas e ervas saborosas que por vez ou outra usamos para nos alimentar ou nos auto sabotar, vc é seu próprio cardápio para o bem ou para o mau.

Depoimento de um jovem adulto: jovem que se vê ansioso, emocional, intenso, imaturo, inseguro e por mtas vezes perdido e incompreendido, um jovem que se vê sempre por uma lente pessimista se cobrando demais, um jovem que se vê sempre esperando o inesperado, com a certeza que nunca mais vai ser amado, um dogmático dramático por excelência mas tbm um jovem cegueta que usa óculos, logo se esperava que não se enxergasse tão bem. Por outro lado, tbm um adulto que com o auxílio do tempo aprendeu o valor dessa parte mais jovem, aprendeu a medir o peso das circunstâncias e equilibrar expectativas e emoções, que entendeu depois de mtas lágrimas q essa amálgama de experiências são necessárias para surgir um novo ser, um jovem adulto que agora entende, pensa e aprende com tudo isso e nas horas vagas tenta viver.

Como pode eu, depoente de eu, ser tão eu e ainda sim não ser bom em explicar eu..

Bom.. pelo menos vou aprendendo a não só depor contra mim, mas tbm me decompor para aos poucos eu me recompor

Já fui pior

Mas aos poucos eu melhoro.