A décima encruzilhada

Trouxe-lhes a minha pura manifestação do ego

Tornei-me a mais densa poesia renascentista

Sempre mantendo as marcas da pele escondidas com um grande casaco

Deve explicar o motivo dos divinos usarem roupas longas

Deve ter muita coragem para beijar o homem que você traiu

Mas até a solidão corrói o homem

O perdão é o maior de todos os males

E a lealdade é uma via dupla

Digam aos grandes que decidi me levantar…

Dar-me a cegueira para parar de sentir-se culpado

Então essa é a trilha maldita até a terra santa?

E serei aquele que toma a posse do seu trono

E tocarei aquele velho instrumento em homenagem ao orfeu

Sabes que tomei a força o título de alexandre

Tornei-me o filho bastardo do governante

Pois meu criador abandonou-me para gerar um novo ventre

Mas não tenho rancor de cortar esses laços

Como aquela vasta linha de rotas passadas

Transcende as minhas compreensões deste vasto mundo

Feito o vazio gerado pelo caos, gerei meu amanhecer

A caminho desta tola trilha de viver da escrita

Em um mundo tão belo e uma caixa de jóias

Escapa todos os pertences de pandora…

Mas não foi furto, infelizmente foi apenas raiva

Onde desde sempre sofremos pela mão dos imortais

A manifestação da paz é um grande véu branco

Onde se escuta pelo altar todos os cochichos do povo

O mesmo que tem a coragem de rogar a praga ao próximo

Também o mesmo que abençoa os nomes daqueles deuses

A manifestação de judas também se esconde em seu sangue

Mesmo que não signifique muito, essa é sua linhagem

Até mesmo o céu que é belo no alto do monte

Derruba sua casa daquela colina…

Deixei todos de lado em busca de felicidade

Mas ainda carente de sua companhia sem lealdade

Tudo bem, sua facada já cicatrizou em minha pele

Afinal somos irmãos como você sempre dizia…

Perdoe-me se parei com minhas oferendas

A plantação secou com a ausência da chuva

E devido a isso a fauna foi punida pela sua fome

Eu mereço o castigo pela falta da chuva do seu mundo?

Grato a ti meu filho, por fazer nada mais que sua obrigação

Mas exijo que agradeça-me quando faço o mesmo

Pois você não que se tornar um ingrato

Afinal já está na hora de você conquistar esse mundo

Quero o meu lugar de direito neste monte idolatrado pelos humanos

Pois tenho um sangue puro e divino demais para viver entre a plebe

E daí que sou apenas mais um bastardo de zeus?

Ele que é falho em guardar sua hombridade…

Nunca pensei que um ser cruel era afetado pela vergonha

Afinal você sempre encarava o olhar de desespero de minha mãe

Mas mesmo assim nunca deixou de lado os cultos de dionísio

E nem sequer deixou de exibir sua hombridade em casa

Espanque-me o quanto quiser saciar essa sua vontade

Pois depois de todo esses raios haverá um grande sorriso

Serei apenas apolo e ressurgirei ainda mais vivo do que ontem

Pois não carrego mais aqueles fardos que você me pós

A vivaz grécia a mesma que conheces a máscara de seu governante

Que brilhará com o teu nome graças a minha benção

Com o deserdar de seus bastardos que não o adoram

Teu nome tornou-se grandioso juntamente com sua ira

Com minha lira conquistarei teus céus

E com esses lábios recitarei o meu poema

Para no fim conquistar a rainha que você jamais terá

Pois vi que ti nunca foi abraçado pela manifestação de vênus

Alvaro Kitro
Enviado por Alvaro Kitro em 14/08/2022
Reeditado em 14/08/2022
Código do texto: T7582258
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