A CIÊNCIA, OS SOFISTAS E A REALIDADE

Stephen W. Hawking (1942-2018) Astrofísico Teórico, que preso em sua cadeira de rodas, destacou-se pelos seus conhecimentos e pela sua capacidade de perscrutar as profundezas da cosmologia. A seguir, destacamos dois trechos dos seus livros.

Do Livro “Uma Breve História do Tempo”

“E, se de fato há uma história completa e unificada, ela provavelmente determinará também as nossas ações. Assim, a própria teoria determinaria o resultado da nossa busca nesse sentido”.

Do Livro “O Universo Numa Casca de Noz”

“Se as histórias do universo no tempo imaginário forem realmente superfícies fechadas, como Hartle e eu propusemos, isso trará consequências fundamentais para a filosofia e para a visão da nossa origem. O universo seria totalmente autocontido; ele não precisaria de nada externo para dar corda no mecanismo e colocá-lo em funcionamento. Ao contrário, tudo no universo seria determinado pelas leis da ciência e por lançamento de dados dentro do universo. Isso pode parecer presunção, mas é no que eu e muitos outros cientistas acreditamos”.

O primeiro texto acima, estabelece a presunção da existência do determinismo, o qual está plenamente descrito na Bíblia, como pode ser verificado no texto abaixo, podendo substituir a presunção pela certeza, e a teoria pela realidade.

Eclesiastes 1:9,10,11 e 3:15 – O que foi, isso é o que há de ser, e o que se fez, isso se tornará a fazer; de modo que nada há novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós. Já não há lembranças das coisas que precederam; e das coisas que hão de ser, também delas não haverá lembrança, nos que hão de vir depois. O que é já foi; e o que há de ser, também já foi; e Deus pede conta do que passou.

O segundo texto confirma a presunção do determinismo, porém ele não é determinado pelas leis da ciência, mas exclusivamente pelas três constantes cósmicas: Energia Centrípeta, Energia Centrífuga e Energia Rotativa. Com relação à “História do Universo”, ele é autocontido, não é finito nem infinito, e conforme a intuição do Filósofo grego Zenão de Eléia- (490a.C./430a.C.), o Universo é Tudo, nada existindo fora dele. Definitivamente: no Universo não existem, o tempo, o fora, o vazio, a inércia, o nada, o início, o fim, e também nenhuma novidade, pois tudo está predeterminado: inclusive o joio e o trigo. Afinal, o próprio Universo é a onisciência plena, conforme percebeu Zenão de Eléia, há dois mil quatrocentos e cinquenta e dois anos. Diante destas circunstâncias, talvez não haja demasiada complexidade em estabelecer a devida e correta associação, percebida pelo Filósofo. Basta não ter preguiça de ocupar o cérebro em conjecturar, mas livre de idéias preconcebidas.

Como observou o Físico Robert Jastrow (1925/2008): “para o cientista que viveu pela sua fé na força da razão, a história encerra como um sonho ruim. Ele escalou as montanhas da ignorância, vê-se prestes a conquistar o pico mais alto; a medida que se puxa a rocha final, é saudado por um bando de teólogos (Teósofos e Filósofos) que estiveram sentados ali durante séculos”.

No caso do Filósofo Zenão de Eléia, ele estava sentado no topo da montanha há mais de vinte e quatro séculos atrás, ao qual se juntou o Teósofo Jacob Boehme, há 398 anos!!! A ciência está “um pouco” atrasada, enquanto os sofistas, discípulos de Protágoras de Abdera, e integrantes das redes de supermercados da fé, organizadas pelas denominações teológicas, continuam vendendo ilusões às ingênuas e subnutridas ovelhas, há mais de1700 anos.

Os cientistas não têm preguiça de pensar, mas eles encontram muita dificuldade em escolher no que pensar, e em localizar onde poderão encontrar as respostas, que em desespero, procuram há mais de um século. O Filósofo Immanuel Kant (1724/1804), em sua “Crítica da Razão Pura”, examina “O Idealismo Transcendental Como Chave Para a Solução da Dialética Cosmológica”. “Zenão de Eléia. um dialético sutil, já foi muito criticado por Platão como um sofista malévolo devido ao fato de que, para mostrar a sua arte, procurava demonstrar qualquer proposição por meio de argumentos aparentes para, logo a seguir, derrubá-la por intermédio de outros igualmente fortes. Zenão afirmava que Deus (provavelmente nada mais que o mundo para ele) não é finito nem infinito, nem em movimento nem em repouso, nem semelhante nem dessemelhante a qualquer outra coisa. Àqueles que o julgavam quanto a isto, parecia que ele pretendera negar completamente duas proposições mutuamente contraditórias, o que é absurdo. Só que eu não creio que isto possa ser-lhe imputado com justiça. Se sobre a palavra Deus ele compreendeu o universo, então certamente ele teria que dizer que este nem está persistentemente presente em seu lugar (em repouso) nem modifica o mesmo (se move), pois todos os lugares estão unicamente no universo e este mesmo, portanto, não está em nenhum lugar. Se o universo compreende em si tudo o que existe, então também nesta medida ele não é nem semelhante nem dessemelhante a qualquer outra coisa, já que fora dele não existe nenhuma outra coisa com a qual pudesse ser comparado. Quando dois juízos mutuamente contrapostos pressupõem uma condição inadmissível, então ambos ficam suprimidos, não obstante o seu conflito (que não é contudo, uma contradição própria), pois fica suprimida a condição exclusivamente sob a qual deveria valer cada uma destas proposições”.

Após decorridos mais de vinte e quatro séculos, talvez possamos fazer companhia a Zenão de Eléia, lá no topo da montanha, desde que praticando o complexo e exigente “alpinismo de conjecturas”, para podermos alcançar a compreensão da simplicidade.

Eclesiástico 43:26,27,28 – Graças ao Senhor, o seu mensageiro chega a bom porto, e por sua Palavra tudo se ajusta. Poderíamos falar muitas coisas e nunca terminaríamos. Mas, para concluir, podemos dizer: “Ele é Tudo”. Como poderíamos encontrar forças para louvá-lo? Ele é o Grande, e está acima de todas as suas obras.

Edgar Alexandroni
Enviado por Edgar Alexandroni em 27/08/2022
Código do texto: T7592612
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