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OLHE PARA O CÉU... E OLHE PARA TI MESMO

 

    “O sentido da vida, é o que você quiser que ele seja.

 Nós somos o universo contemplando a si mesmo”

              (Stephen Hawking)

 

 

Olhe para o céu

E olhe para ti mesmo

Nunca deixes... de olhar

Somos feitos... de tempo... e espaço

E somos "dinâmcios"

Até quando?

"Quando"!?

Oh! Não deve haver conjunção adverbial mais desesperadora para nós

Mais angustiante que o próprio “se”

Considerando que o “quando” implica... que um dia terminará

Mas, e o que é eterno aqui?

 

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Se a estrada não tem fim?

Certamente que sim

Por que duvidas?

Oh! Já sei:

Em seu caminho o final jamais se avista... (a nenhum olho)

E, por causa disto, acreditamos sê-la infindável!?

Ledo engano!

 

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Veloz seria o tempo ou ele, sei lá, não existe?

E o que se ganha e se perde de verdade... nele?

E acaso nunca em sua vida ficou [tu] seduzido por ele - o tempo?

Ou o mais certo seria dizer que tens dele medo e pavor?!

 

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Olhe para o céu

E olhe para a terra

E olhe sempre... para o mais profundo de ti

O que procuramos aqui... que, em verdade, nunca encontramos?

Deixe o tempo falar e responder com seu silêncio

E, após ouvi-lo, decerto que não mais quererá ouvir palavr’alguma

(das que antes acreditavas que verdadeiras eram!)

 

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Vejo agora no chão um pombo caído (morto)

Percebo-o com total atenção

Toco-o

Sinto-o

Sua superfície fria... e sem peso

Par’aonde lhe foi... sua vida?

Teria “escapado” aquele pássaro a romper as grades do tempo?

 

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Contemplo o nascer d’um novo dia

Teria o anterior dia... morrido?

Para que canto o foi?

 

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O sol a se agonizar no horizonte da estrada

Ressuscitará, talvez?

 

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A terra é cheia de vida!

Da vida a brotar do coração... da própria terra

Da vida a precisar da própria morte para se seguir... viva

E por quê?

 

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Justamente porque, como dizia o filósofo Heráclito:

“Tudo aqui se faz por contraste, da luta dos contrários...”

(o tempo todo)

 

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Todavia, oh! preocupas por demais com sua morte, é fato

 

E te angustias...

Mas, tal “emoção” mudará alguma coisa?

A morte a nos sugar aos poucos...

Como os buracos negros a atrairem tudo... par’eles

Ao que nada [deles] s'escapará

Sendo, portanto, inútil contr’eles... lutar

Guerra perdida, então?

Não há dúvida!

 

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Olhe para o céu

E olhe para tudo

E, sobretudo, olhe para dentro de ti

 

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Tudo s’esgota... por mais que dure e se sustente

E a grande verdade [de tudo] é que a vida se firma contr’ela própria

Na teoria que tudo no universo se firma contr’ele mesmo

D’um “contra” a se fazer "a favor" dele

Quem pode isto entender?

Parece paradoxal, porém, é real

 

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As estrelas se alimentam no espaço do pão que lhes são dadas:

A “gravidade”

E nós também

Ou alguém acreditaria ser mais forte que a gravidade?

 

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E que saber mais outra verdade?

Estamos em “trabalho de parto” desde o início dos tempos (sem início)

E toda e qualquer “massa cósmica” se transformará... em outra coisa

(Inimaginável)

Seria um “colapso” de tudo?

E não sobrará... nada?

Com certeza, não

 

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Mas, a questão é que vemos a morte com uma “visão errada” do que ela é

E, se é para não deixar ninguém agora desesperado, direi para a todos consolar:

Não seremos sugados pelo "nada"

Considerando que não viemos.. do nada!

E, principalmente, levando-se em conta que o "nada" não existe

"Energia escura", então?

 

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A vida está no núcleo... e também fora dele

Tal como n’uma semente (repleta d'energia)

A se fazer “presente” (sempre)

E no que mais tarde, a partir de sua “morte”, virá

E aqui eu me lembro do que Cristo disse:

"Se o grão de trigo, que cai na terra não morre, ele fica só.

Mas, se morre, produz muito fruto" (Jo 12,24)

 

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Olhe para o céu

E olhe para ti

Não estamos separados dele

E não estamos separados... de nada

E ainda que não saibamos, somos “atraídos” uns pelos outros

Da mesma forma qu’existe uma atração movida pela própria gravidade

Seria o nome desta atração... "amor"?

Quem sabe!?

 

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A vida se faz n’um cenário de possibilidades

Tal como n’um teatro

Mas, por mais que “s’estique” seus atos, haverá um tempo em que

... as cortinas se fecharão

E tudo o que vive finalmente morrerá

Ou se tragará por uma “vital morte”

Será, então, o fim da “entropia”

... e o último capítulo da “sagrada odisseia”?

Ah! sei lá!

Contudo, eu sei que não será o fim da forma que [dele] entendemos

 

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Olhemos para o céu

E olhemos para o “nada”

E não tenhamos medo de olhar... para tudo

E muito menos... para "o tudo"

 

Ah! Quem dera se estivéssemos com os nossos olhos [sempre]... abertos

(os olhos da alma)!

 

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06/10/2022

 

IMAGENS: GOOGLE E ACERVO PESSOAL

MÚSICA: Days Are Numbers” - The Alan Parsons Project

https://www.youtube.com/watch?v=iqdNoWWNhPc

 

 

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 06/10/2022
Reeditado em 06/10/2022
Código do texto: T7621471
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