Sobre os corações que brilham
A gratidão faz morada em corações que brilham.
Gratidão primeiro pela sorte de reconhecer outro coração que brilha e que ilumina o caminho onde passa.
A gente tem que agradecer muito e sempre, pela companhia que aquece, pelo carinho que salva e pelo sorriso que desfaz o caos.
A gente tem que agradecer por quem abre a porta e parece que a alegria entra junto.
Agradecer por quem torna o caminho melhor, mesmo sabendo que a jornada é longa e a gente nunca sabe onde ela finda.
A gente precisa agradecer quem nos faz continuar a caminhada, mesmo nos dias em que desistir era a saída mais fácil; quem esteve presente a cada passo e em cada queda.
Agradecer quem cuida da nossa alma ferida e também do corpo, porque adoecer faz parte dos dias.
Agradecer quem acolheu nossos pedaços e teve a paciência de nos conhecer inteiros, as nossas flores de resiliência, as memórias que nos formam e as histórias que nos marcam.
Agradecer quem entende quando a chuva repentina vem, que sabe que tão certo quanto a chuva que cai, é o sol que nasce dentro dos corações que brilham.
Agradecer quem gasta infinitas voltas do relógio em conversas longas e intermináveis, que se encerram sempre por falta de tempo, nunca por falta de assunto.
Agradecer quem reconhece nosso coração que brilha e que tem luz e amor a nos oferecer.
Um coração que brilha abriga gentilmente outro coração que brilha.