Ficção e Realidade

Penso que a paixão está para a ficção assim como a razão para a realidade. Quando a paixão comanda o pensar e o agir, corre-se o risco de que narrativas e rótulos ofusquem a realidade.

Vivemos, possivelmente, o momento mais importante de nossa história recente (algumas décadas já), e o futuro que se avizinha depende da decisão de cada um de nós.

O momento exige que sejamos racionais e tomemos nossa decisão com base nos fatos passados e presentes, e no que se vislumbra para o futuro a partir de projeções realistas, e não com base em promessas oportunistas e utópicas - como o passado já demonstrou.

Estamos diante de uma encruzilhada, e seguir por esse ou aquele caminho pode nos levar ao vale da prosperidade ou ao abismo do caos econômico e social.

Do passado, podemos extrair as lições, fruto do que foi bom e do que não foi, e o aprendizado. Do presente, a realidade que estamos vivenciando.

O mundo está mergulhado numa severa crise, com perspectiva de recessão e tempos difíceis para todos. Desse cenário cinzento, o Brasil desponta como uma das poucas exceções coloridas (em verde, amarelo, azul e branco, cores da nossa amada bandeira). Basta ver os números da economia, animadores quanto ao que foi realizado em plena crise e também no que tange às projeções, igualmente animadoras.

Isso joga por terra, pulveriza as narrativas destrutivas e os rótulos que vêm tentando colar no atual governo, presidido por um patriota, que tem sido o maior defensor da nossa liberdade, nosso bem maior depois da vida. E sem liberdade, a vida aos poucos vai morrendo…

Não se trata de votar no candidato como pessoa, e sim nos princípios, valores e projetos de governo que ele defende. As pessoas são passageiras, substituíveis, mas suas ações, sustentadas por quem as defende e apoia, podem perdurar por muito tempo e alcançar as gerações de nossos descendentes, por quem somos responsáveis, já que o mundo que eles herdarão terá sido construído por nós, pelas escolhas que fizemos.

Que seja então uma escolha racional, e não tomada a partir de um sentimento ideológico-passional e ou algum interesse pessoal.

Nessa oportuna e necessária reflexão, não ignoremos os exemplos de nossos vizinhos mais próximos: Venezuela, Argentina, Colômbia, Chile. Sua realidade, construída pela opção da maioria de seus eleitores, está aí para todo mundo ver, como um inequívoco ALERTA.

E não nos abstenhamos de votar no próximo dia 30. Cada um de nós precisa exercer seu direito ao voto, sua escolha, para que tenhamos depois o direito de exigir do candidato que escolhemos, se eleito for, que cumpra e faça cumprir nossa Constituição, tanto quanto suas promessas de que teríamos um futuro melhor.