Aborto: assassinato.

Sempre que constrangido a tratar de um assunto que o incomoda o esquedista muda o eixo do debate. "Aborto de feto humano", sabe toda pessoa decente, nada mais é do que assassinato de pessoas em seu estado intra-uterino. Ninguém em sã consciência há de dizer que dentro do útero da mulher humana concebe-se um bloco de concreto ou uma geladeira. É incômodo falar do assunto considerando-se a vida em si mesma. Afinal, quando se inicia a vida de uma pessoa? Na concepção, depois de um mês de gestação, ou depois de três meses, ou assim que ela vem à luz? Na impossibilidade de tratar do assunto sem se revelar desumano, jogam para escanteio a questão da vida, e concentram-se na questão econômica e social e populacional. Dizem que a mulher pobre tem de abortar o feto porque, pobre, não tem meios de criar a criança, que, dada à luz, irá sofrer durante sua vida de miséria e participar do caos social. Se não fazem da questão econômica seu argumento, mas da populacional, afirmam que, mais pessoas vindo ao mundo, os recursos naturais exauridos, haverá escassez de alimentos - que se aborte, então, os fetos que, nascidos, irão pedir por recursos que excedem a capacidade da Terra de produzi-los. Nos dois casos, reconhecem que do feto origina-se um ser humano - mas jamais dizem que tal processo de mutação se dá.

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 25/10/2022
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