POR QUAIS MOTIVOS VOU VOTAR BOLSONARO 22

Por meio de expectativas nascidas da reflexão e fundadas na observação e no juízo, nota-se que os fatos diante de nossos olhos são estarrecedores. Quase tudo que outrora fora sagrado e inabalável, como verdade e humanidade, razão e justiça estão indo a bancarrota.

Com a ausência de solidez de nossa atual estrutura social e institucional pode surgir um sentimento de declínio de nossa nação, entretanto, não podemos negligenciar os ganhos com a politização e o reaparecimento de liberais e conservadores que a muito tempo se mantiveram ocultos na espiral do silêncio causada pelo totalitarismo homogêneo do ideário ‘progressista’, imposto pelo aparelhamento da educação, meios de comunicação e até mesmo algumas religiões que se deixaram cooptar por uma ideia enviesada de cristianismo.

É certo que para algumas pessoas, a compreensão clara desse processo de decomposição que fez aflorar ou encorajar o grito dos liberais e conservadores é difícil, mesmo diante das ocorrências de uma pandemia (crise sanitária), uma guerra de repercussão econômica mundial (crise econômica) e uma reviravolta no quadro político (crise politica e institucional).

No caso do embate político que dominou nosso país, é necessária a consciência de que a crise vigente está aí, é real e inconteste, sendo uma fase de resultados de um processo que iniciou a mais de 30 décadas.

Mesmo que haja divergências desta realidade, qualquer que seja o lado político em que você esteja, não dá para negar a compreensão de que não há como voltar atrás, apenas seguir adiante.

Retornar ao estágio da institucionalização da corrupção, inchaço do Estado, ações afirmativas sem resultados práticos mas tão somente com propósito de enfraquecimento da nação para o domínio e aplicação de um totalitarismo velado, manutenção e custeio de regimes totalitários, entre outras maldades disfarçadas de boas intenções, seria um verdadeiro retrocesso e, o mesmo que abrir mão de uma oportunidade de crescimento econômico e diminuição de desigualdades sociais em nosso país.

Não podemos esquecer que fora dada à esquerda brasileira a oportunidade de gerir nosso país durante quase 16 anos, inclusive atravessando um boom econômico (2004-2011); os que procuram culpar o atual governo devem ter a consciência de que ele só está no poder devido à irresponsabilidade do trato da coisa pública pelo governo petista.

Enquanto profissional da área de comunicação, na qual atuei durante quase 20 anos, seria bastante incongruente votar em quem defende a regulação dos meios de comunicação e apoia a supressão da liberdade de expressão; enquanto professor durante 10 anos, inclusive na cátedra, não posso aceitar o resultado do sucateamento de nosso sistema educacional ocasionado pelo governo do PT; enquanto operador do direito a cerca de mais de uma década não posso votar em um criminoso embora tenha atingido a prescrição por mero apego 'proposital’ a formalidades processuais; enquanto cristão, pai de família e avô, não posso votar em um candidato que apoia pautas como aborto, descriminalização de drogas e a relativização de valores que acredito serem fundamentais para que se possamos viver em uma sociedade um pouco mais humanizada e civilizada.

Além desses motivos, serei mais pragmático nas eleições de domingo próximo (30/10), tive tempo suficiente para avaliar como estávamos (acompanhei o regime militar e o processo de redemocratização), como estamos (principalmente a nossa privilegiada situação econômica) e como quero que meu país esteja para as gerações futuras de meus filhos e netos.

Estas linhas não foram redigidas para tentar mudar o voto de quem as lê - se isto ocorrer, melhor ainda -, na realidade, foram escritas para os indecisos, principalmente os que estão fazendo equivalências estéticas para opção de voto, ou que estão equivocados ao acreditarem que se abstendo de votar, votar em branco ou anular, seria o mais acertado diante dos embates que assistimos nessa campanha política.

Portanto, não deixe de votar no próximo domingo, e, ao fazê-lo, que o faça com a consciência de que esta é a eleição mais importante que já tivemos, será um ‘divisor de águas’ diante do panorama geopolítico apresentado. Se atente ao que vem ocorrendo nos países vizinhos, nas recentes eleições em países europeus e no parlamento americano com a ascensão da direita conservadora no poder, nos atuais indicadores econômicos de nossa economia… minha opinião? O melhor seria a reeleição de Jair Bolsonaro 22.