Ah, minha jovem Democracia...

Chegaste há tão pouco tempo.

E já tão maltratada, cambaleias!

Para sobreviver

Neste Mundo Enfermo.

O terror, novamente plantado,

No peito do povo se instala.

As calçadas, manchadas de gente,

E a fila de corpos vivos a caminhar.

Marcham lentamente, na dança da fome,

Buscando restos para se alimentar,

As borboletas do estômago aflito.

Soldados marcham...

Cheiro de pólvora inunda o ar.

Erguem bandeiras encharcadas

De sangue derramado,

Gritando que vermelha é a bandeira

Do lado de lá.

E aqui, do lado de cá,

Toda guerra se aquieta,

Pois, afinal, se silencia

A voz do povo que treme de fome,

Incapaz de clamar.

Carolina Duvir
Enviado por Carolina Duvir em 30/10/2022
Reeditado em 14/07/2023
Código do texto: T7638875
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