O SEGREDO DO DÉJÀ-VU

Adão estava “adormecido” na inconsciência, por um longo período da sua evolução, quando o seu intelecto, que confere a capacidade de raciocinar não estava ainda consolidado, mantendo-o então, equiparado a todos os outros animais irracionais. Quando Adão “acordou”, pela aquisição da consciência, ele passou a raciocinar e a ter o conhecimento do bem e do mal, adquirindo a capacidade de idealizar, organizar, planejar e executar as suas ações com objetivos predeterminados, para atender as suas conveniências. Como único animal a possuir essas qualidades, Adão alcançou a liderança absoluta entre todos os outros animais, e assumiu a “Diretoria Executiva do Planeta Terra”, acumulada com a “Presidência do Conselho de Administração”, os dois únicos e permanentes cargos existentes nos “Estatutos Terrestres”.

A sua capacidade de raciocinar, também se desenvolve evolutivamente, por onde Adão acumula, associa, e sobrepõe os conhecimentos adquiridos, provocando uma progressão exponencial, que ele registra e dissemina, de forma que muitos tem acesso a eles e poderão introduzir outras variações.

Entre muitas outras, Adão possui características pessoais, que lhe conferem dons, vocações, inclinações, preferências, habilidades e capacidades específicas mais acentuadas, que poderão torná-lo um indivíduo notável e até considerado especial pelos seus semelhantes. Na história da Humanidade, temos muitos desses tipos de Adão, em diversas áreas das atividades, inclusive no campo das abstrações, dos pensamentos, onde há maior complexidade, seja pela ausência da concretude, ou pela impossibilidade de uma objetiva comprovação.

Para aumentar a complexidade das digressões, a realidade nos mostra que as incursões mais profundas e complexas, se processam e se desenvolvem pelo canal da intuição, independentes da nossa atuação e vontade, como nos indica a própria Ciência nas suas descobertas mais significativas, sem que possamos fornecer explicações sobre esse fenômeno, na esfera da racionalidade, e também sobre as inspirações espirituais. Nessa direção, temos a Ciência tentando desvendar os mistérios de uma estranha ocorrência nos seres humanos, alojada na sensação de já ter presenciado anteriormente, uma situação do tempo presente. Essa percepção não é nova, e já foi objeto de considerações do romancista escocês Walter Scott (1771-1832) em 1815, cujo evento atualmente se conhece pela expressão “déjà-vu”, ou “já visto”.

A definição para ambos os fenômenos, a “intuição” e o “déjà-vu”, não se encontra no terreno da razão, mas sim na esfera da espiritualidade. A intuição é o canal exclusivo por onde ocorrem os insights espirituais, conduzindo-nos às revelações espirituais. Quanto ao “déjà-vu”, ele se configura na Geração Cósmica do Terceiro Princípio inteira, e o seu “Atestado” é o Livro Eclesiastes da Bíblia, que nos revela de forma insofismável, que essa nossa Geração Cósmica é como um filme de longa metragem, que se repete infinitamente, levando-nos a compreender que as essências do “ovo cósmico” original, transportam resquícios extremamente superficiais e sutis da geração anterior, revelando também o mistério sobre o permanente e fixo rodízio dos atores e atrizes coadjuvantes do eterno filme, que somos nós, nos quais podem se manifestar tênues e sombrias recordações da passagem anterior, como remanescentes vestígios intrínsecos inseridos nas essências.

O macro “déjà-vu” bíblico, está descrito de forma exemplar no Livro Eclesiastes, e a sua percepção é exclusividade do espírito, pois mesmo diante da sua mais absoluta clareza e exatidão, a razão vacila na sua compreensão, talvez confusa diante do determinismo e predestinação que o integram, e que tornam inúteis e desnecessários os eventuais intermediários, que na verdade são os sofistas, mercadores de ilusões. Mas, o filme é imutável.

Eclesiastes 1:9,10,11 e 3:15 – O que foi, isso é o que há de ser, e o que se fez, isso se tornará a fazer; de modo que nada há novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós. Já não há lembranças das coisas que precederam; e das coisas que hão de ser, também delas não haverá lembrança, nos que hão de vir depois. O que é já foi; e o que há de ser, também já foi; e Deus pede conta do que passou.

A Ciência descobriu que as recordações ocorrem no lobo temporal, onde se processa o “déjà-vu”, cuja região é responsável pelo processamento das informações visuais, auditivas, sensoriais, e pela organização das lembranças.

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O Livro Eclesiastes, como se observa acima, informa que não há nada de novo, e que tudo se repete infinitamente e por toda a eternidade. Também esclarece que não haverá lembranças das coisas precedentes, o que significa que haverá o retorno daqueles que poderiam pretender se lembrar, pois não se pode cogitar de lembranças, se não houve a anterioridade para obtê-las.

A Theosophia esclarece o fenômeno do determinismo, predestinação, e imutabilidade das infinitas, repetitivas e perpétuas Gerações Cósmicas, dessa forma viabilizando a sua compreensão para os efetivos pesquisadores, que poderão examinar também os textos bíblicos: Mateus 11:27 / João 15:16 / Romanos 8:29,30 e 9:11 / II Coríntios 3:2,3 / Gálatas 1:15,16 / Jeremias 1:5 / Salmos 139:16 / Efésios 1:4,5,11 e 2:8.

No Universo, o Primeiro Princípio é tenebroso, e o Terceiro Princípio, onde se encontra o Planeta Terra, contém toda a contaminação ocasionada pela insubordinação do Príncipe Lúcifer, e é para onde sempre retornamos. O Segundo Princípio é o Reino de Luz de Jesus Cristo, a morada eterna da Paz e do Amor, onde os escolhidos (o trigo) permanecem pelo curto espaço de tempo de apenas “mil anos” (Apocalipse 20:4), até o retorno, pois o Príncipe Lúcifer, que ficou “amarrado” por “mil anos”, também retorna (Apocalipse 20:7), e provocará a repetição da insubordinação, o consequente acidente cósmico, o seu confinamento no Terceiro Princípio (Judas 1:6), e o nosso retorno para o inferno da Humanidade... E assim, infinitamente...

Para facilitar a compreensão do desenvolvimento do tempo na escala universal, devemos considerar que ocorreu uma enorme evolução no campo da arqueologia, impulsionada pelo extraordinário salto tecnológico nessa área, desde a década de 1950, com o desenvolvimento da datação por radiocarbono, dos restos mortais dos ancestrais que foram encontrados, e se tornaram uma janela para o passado, através do sequenciamento do DNA, extraído de amostras de ossos e dentes encontrados em cavernas, cujos estudos e pesquisas foram desenvolvidos pelo Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, na Alemanha. Nessa jornada, a Ciência concluiu que há 600.000 anos atrás surgiu na África o ancestral em comum de humanos, neandertais e denisovanos. Assim, houve a união da arqueologia e a genética, surgindo a arqueogenética, que abre uma nova perspectiva para o estudo da evolução humana.

Mediante a associação da razão e do espírito, desenvolve-se a projeção do decurso do tempo de duração do filme Geração Cósmica do Terceiro Princípio, assim como o desenvolvimento do seu conteúdo.

0 - A grande explosão (Big Bang)

300.000 anos - dispersão das essências ou partículas no espaço adequado

630.000 anos - definição das espécies nos três reinos, e o Homo Primus

70.000 anos - evolução humana na condição de Homo Habilis

1.000.000 anos - duração do “filme de longa metragem”

0 - O fim da Geração Cósmica do Terceiro Princípio

O moto-perpétuo

Evolução da Geração Cósmica

* Na forma de Luz - os Anjos / Os Humanos em 700.000 anos

1 Milhão de anos - Segundo Princípio<-->1 Milhão de anos - Terceiro Princípio

Obs.- 1-Mil anos na linguagem bíblica, igual a Um Milhão nesta versão.

2-Diferença na percepção (ciência e espírito) = 100.000 anos.

No Universo, e na sua respectiva linguagem, um pequeno lapso de tempo.

O que é já foi; e o que há de ser, também já foi...

Até Breve Amigos do Recanto das Letras

Edgar Alexandroni
Enviado por Edgar Alexandroni em 04/12/2022
Código do texto: T7664485
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