Nada pode ser normal
Ausente em tudo o que vejo
E das coisas que não posso tocar
Em qualquer circunstância
Em qualquer lugar
Em cada passo de uma vida
Disperso na multidão
De violência e dor
Em meio à solidão urbana
Enclausurado por medo do terror
Pessoas ao meu redor
Vidas que se cruzam
Por um destino profano
Uma alucinação, uma visão
Na perfeição do meu engano
Estou perto demais
Para poder acreditar
Deve haver alguma coisa
Nada disso pode ser normal
Tudo o que acontece
É sempre tão real.