"JOÃO NINGUÉM"
Vivo sozinho
Não tenho viva alma que me acalente
Caminho por trilhas e estradas desertas
Me sinto um eremita sem destino
À noite um banco de praça me conforta
Jornais velhos cobrem minha face sofrida
Sonho com riquezas
Com mulheres no paraíso
Lá sou um rei, um notável
Dono do belo e requintado!
Mas chega a manhã apressada
E me desperto à realidade
Em vez de mulheres
São cachorros e o banco é o paraíso.