"JOÃO NINGUÉM"

Vivo sozinho

Não tenho viva alma que me acalente

Caminho por trilhas e estradas desertas

Me sinto um eremita sem destino

À noite um banco de praça me conforta

Jornais velhos cobrem minha face sofrida

Sonho com riquezas

Com mulheres no paraíso

Lá sou um rei, um notável

Dono do belo e requintado!

Mas chega a manhã apressada

E me desperto à realidade

Em vez de mulheres

São cachorros e o banco é o paraíso.

Belchior Contins
Enviado por Belchior Contins em 26/11/2005
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