Um triste apontamento

Em primeiro lugar, quero dizer que este texto não expressa objetivamente uma reclamação.

Ele é apenas um testemunho, ao narrar uma história triste e decepcionante por mim vivenciada, quando fui convidado pelo Colégio Raízes para comparecer numa entrevista de trabalho para, eventualmente, ocupar uma vaga como Professor de Língua Portuguesa (Literatura/Redação).

Compareci na data e na hora prevista e, depois de uma longa espera, finalmente fui recebido pela direção e pela coordenação do colégio. A conversa decorreu muito bem, num tom amigável e fluido, até com momentos de muita descontração e empatia.

Não fosse o ocorrido mais tarde, tudo teria ficado registrado como uma experiência agradável, interessante e proveitosa.

Depois daquela entrevista, ficou acordado que deveria escolher 2 (dois) dias (de 4 horários cada) para lecionar Literatura e Redação, destinados ao 9 ano do Ensino Fundamental e ao Ensino Médio.

Assim, foi combinado entre nós que, posteriormente, deveria escolher esses dias e comunicá-los (por e-mail) à coordenação da escola, para que pudesse, mais tarde, inclui-los na grade das disciplinas referentes ao novo ano letivo.

Dessa forma, tudo estava acordado e estabelecido quanto à minha disponibilidade, e também quanto ao interesse e à possibilidade da escola em inserir as minhas aulas no novo calendário escolar.

Parti então, daquela reunião, com a missão de selecionar 2 dias que não colidíssem com os meus horários já previamente estabelecidos, visto que já trabalhava em outra escola. Para isso, efetuei alguns remanejamentos de horário e dispus-me até a fazer algumas alterações nos meus planos pessoais e de logística.

Um pouco mais tarde, e logo que me foi possível, enviei um e-mail à coordenação da escola, selecionando os dias que pretendia utilizar para essas aulas, de acordo com o que tinha sido combinado.

Os dias foram passando, a data do início das aulas foi ficando cada vez mais próxima e estranhei o fato de não ter recebido nenhuma resposta ao meu e-mail de 22/12/2022 (ter-se-ia extraviado?). Por pensar, até, nessa possibilidade, resolvi enviar um novo e-mail, desta vez apenas para confirmar a recepção do primeiro. Apenas silêncio!

Já muito próximo da data do começo das aulas, e por mero acaso, visualizei no Instagram, um vídeo postado no Story do Colégio Raízes. Era a confirmação que eu temia. O Colégio dava as boas vindas aos novos integrantes do corpo de professores do colégio. Triste desapontamento! Fora tratado como uma mercadoria e, ingenuamente, chegara a pensar que, efetivamente, todos os valores evidenciados naquela longa e aprazível conversa, achariam respaldo na vivência e na convivência de todos.

Moral deste triste apontamento:

Não adianta uma escola procurar valorizar e incutir nos alunos valores como, a honestidade, a seriedade e a moral ("raízes") no ensino/aprendizagem, se a conduta prática dos seus responsáveis não confirma esses valores.

Mongiardim Saraiva
Enviado por Mongiardim Saraiva em 24/01/2023
Código do texto: T7702944
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