CIDA

Eu tinha tanto medo de que você morresse

E eu acabei morrendo primeiro

Quando você envelheceu

Quando notei que esse tempo

Maldito tempo, correu!

E eu ia morrendo aos poucos

Vendo tudo se desfazendo

Nos milímetros do tempo

Eu morria

Enquanto você dormia

Enquanto o vovô nos esquecia

E o tempo

Maldito tempo

Me agredia!

Eu estou com pouca vida,

Pois vejo que a qualquer momento

Poderemos te ver despida

De vida

Eu te amo, Cida.

Hoje, amanhã

E sempre

Eternamente

Depois e enquanto em ti houver

Um restinho sequer

Da minha vida.

Matheus Berocal
Enviado por Matheus Berocal em 04/02/2023
Código do texto: T7711579
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