AGONIZAMOS A CADA SEGUNDO...

 

    “Não são discursos nem frases ou palavras,

   nem são vozes que possam ser ouvidas;

       seu som ressoa e se espalha em toda a terra,

    chega aos confins do universo a sua voz”

                                              (Salmo 18: 4-5)

 

Resistirá este cigarro entre meus dedos ad infinitum pelo muito que deseja?

Esforço inútil

Sobreviveremos para sempre pelo que [mais que tudo] queremos?

Agonizamos a cada segundo sem que ninguém perceba (no tempo)

Mas, se então fazemos parte de su’essência (bem como tudo o mais aqui),

... por que temos tanto medo?

 

Na calada do universo eis [ali] as mais belas melodias

(Que ninguém agora ouve, mas que n’um esquecido “antes”

... era tudo o que se ouvia)

Ouviremos, talvez, “depois”?

 

Meu Deus, oh! quem nos fez esquecer a eternidade

... para que queiramos o tempo, ainda que nada dele sabemos?

E com os barulhos do mundo igualmente nos identificamos,

... a preferi-los ao silêncio do cosmos

E então, o tempo existe ou não?

 

 

A boca que sobre ele fala... não diz cois’alguma

É verdade: não fala... nada

Do que também olho nenhum consegue ver sua real dimensão

 

E, portanto, não pode ser... explicado (elucidado por palavras)

Não, não pode ser... por elas... apanhado

Ao que nada o descreve

Por mais que articuladas estejam - as palavras

 

E por que nel’estamos, não se pode [dele] s’esconder

Ninguém

E, assim, fugir... também não pode

 

Ele a ser anterior a tudo

Ele a ultrapassar tudo

Ele a rir de noss’angústia

O tempo...

 

O cigarro apagou

Ou, melhor dizendo, acabou... morreu

(Já não “existe” mais... no tempo)

E suas cinzas foram levadas... pelo vento

 

 

13/03/2023

 

IMAGENS: FOTOS PARTICULARES (TIRADAS POR CELULAR E EDITADAS)

MÚSICA: Pink Floyd - Things Left Unsaid

https://www.youtube.com/watch?v=0knKQEjRifA

 

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SOMENTE O TEXTO:

 

AGONIZAMOS A CADA SEGUNDO...

 

    “Não são discursos nem frases ou palavras,

   nem são vozes que possam ser ouvidas;

       seu som ressoa e se espalha em toda a terra,

    chega aos confins do universo a sua voz”

                                              (Salmo 18: 4-5)

 

Resistirá este cigarro entre meus dedos ad infinitum pelo muito que deseja?

Esforço inútil

Sobreviveremos para sempre pelo que [mais que tudo] queremos?

Agonizamos a cada segundo sem que ninguém perceba (no tempo)

Mas, se então fazemos parte de su’essência (bem como tudo o mais aqui),

... por que temos tanto medo?

 

Na calada do universo eis [ali] as mais belas melodias

(Que ninguém agora ouve, mas que n’um esquecido “antes”

... era tudo o que se ouvia)

Ouviremos, talvez, “depois”?

 

Meu Deus, oh! quem nos fez esquecer a eternidade

... para que queiramos o tempo, ainda que nada dele sabemos?

E com os barulhos do mundo igualmente nos identificamos,

... a preferi-los ao silêncio do cosmos

E então, o tempo existe ou não?

 

A boca que sobre ele fala... não diz cois’alguma

É verdade: não fala... nada

Do que também olho nenhum consegue ver sua real dimensão

 

E, portanto, não pode ser... explicado (elucidado por palavras)

Não, não pode ser... por elas... apanhado

Ao que nada o descreve

Por mais que articuladas estejam - as palavras

 

E por que nel’estamos, não se pode [dele] s’esconder

Ninguém

E, assim, fugir... também não pode

 

Ele a ser anterior a tudo

Ele a ultrapassar tudo

Ele a rir de noss’angústia

O tempo...

 

O cigarro apagou

Ou, melhor dizendo, acabou... morreu

(Já não “existe” mais... no tempo)

E suas cinzas foram levadas... pelo vento

 

13/03/2023

 

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 13/03/2023
Reeditado em 21/03/2023
Código do texto: T7739340
Classificação de conteúdo: seguro