Tarde de Verão
Fechado no silêncio do meu quarto, uma tarde de verão me sufoca.
Imagino mil lugares que não conheço e invento a minha própria paz.
Olho pra mim mesmo à procura de respostas,
Mas são tantos porquês...
Muitos sentimentos transbordam do meu peito.
Queria saber, onde está você?
Por um segundo fecho os olhos e você está sorrindo pra mim,
Contando o que se foi pelo teu dia. A gente era tão feliz...
Ao teu lado eu era forte, podia tudo o que quisesse.
Éramos um só e nunca, nada poderia nos separar.
O que foi que aconteceu?
Sem você a vida é sem graça...
Vivo perdido no mundo procurando em gente estranha
Um pouquinho de você.
Não sei dizer quantas vezes te amei em outras bocas,
Só sei o tamanho da dor de viver a me enganar.
Tem certos dias que é difícil até respirar,
Sinto o teu perfume o tempo todo...
Olho o telefone e faço uma prece
Na esperança que ele toque...
Como eu queria te abraçar só mais uma vez...
Sei que é impossível me livrar destas sombras do passado.
Este é o meu castigo, o preço da minha inconseqüência.
Deixei meu futuro no passado, numa tarde de sofrimento.
Na tarde que te deixei...
Agora o meu presente é uma ilusão abandonada,
Perdoa-me por te deixar!
Nesta vida só se ama de verdade uma vez
E verdadeiramente a gente morre por quem ama.
Para a tua cura eu me enveneno e fujo de você.
Vago por aí sem nome e sem destino,
Porque ainda amo você...
Não sei por quanto tempo vou sofrer com esta culpa.
Bem que eu gostaria de consertar os meus erros.
Talvez apenas saber o que de mim
Restou em teu coração.
Mas o medo do saber me afugenta de você.
Estupidamente escolho morrer de amar
Do que te cultivar a dor, que doeu por sabe Deus quanto tempo...
(Se é que não dói mais!)
Por minha culpa,
Toda minha.
Fui eu quem te deixou
Naquela tarde de verão.