De ânimos e episódios

Encerra euforia e apatia,

Depressão e Aceleração se alternam,

Nasceu assim (causa genética) ou

Foram traumas da infância e circunstâncias de vida estressantes (fatores ambientais)

O transtorno bipolar é a sexta principal causa de incapacidade no mundo. (Organização Mundial da Saúde)

As classes C e D são as mais vulneráveis à depressão (Abrata),

Na depressão:

Queda de motivação

Perda de interesse

Tristeza

Pensamentos autodestrutivos

Dificuldade de concentração.

Na euforia:

Hiperatividade

Agitação

Energia

Aceleração do pensamento e da fala

Bem estar

Dorme pouco.

Não é um script de teatro tragicômico, com interpretações das facetas humanas.

É o Transtorno Afetivo Bipolar. Bipolar = 2 =Euforia X Apatia

Relatos de Kay Jamilson assinalados com **:

**“Uma mente inquieta, confere intensidade às coisas e à perspectiva que impõe: amei mais, pensei mais rápido do que a maioria das pessoas que conheço.”

Acrescento:

É verdade, a emoção de ouvir uma música; o envolvimento ao observar um ser vivo: olhos e enternecimento; a alegria quadriplicada simplesmente porque algo poderá acontecer; versos tocantes que acendem; o sentir forte a dramaticidade da vida individual e coletiva dos pessoas; o prazer de movimentar o corpo em qualquer dança; a valorização do que se tem e do que se é; e, a celebração da segunda feira como se sexta à noite fosse.

Kay:

**“Minha doença me fez testar os limites da minha mente (que embora deficiente, está firme), bem como os limites de minha formação, criação, família”.

**“...os muitos episódios de aceleração,...mesmo quando delirante, alucinada - foram conscientes da descoberta de novos recantos na minha mente e no meu coração."

***Virginia Woolf tinha depressão bipolar e suas obras nos lembram que a doença não define uma pessoa. Embora algumas pessoas se lembrem de Woolf por sua depressão, em seus diários você encontrará alegria, vida, piadas e os prazeres de estar viva.

Kay se tornou autoridade mundial sobre o TBA ajudando muita gente.

Uma das coisas que dificultam o tratamento é a pessoa aceitar que tem o transtorno, afinal, na sociedade que vivemos será uma marca negativa para o portador. O perigo é validar como normal, como boa pessoa, como alguém bem equilibrado somente aqueles que não são portadores de TBA. Caráter é outra coisa, é formação moral, é honestidade, é índole, personalidade. A falta de caráter não se resolve com Carbolitium ou outra medicação.

No Brasil são 6 milhões de doentes. A associação Brasileira de familiares, amigos, e portadores de transtornos afetivos, tem um site * com vídeos, textos, eventos à favor do acolhimento dos portadores dos Transtornos afetivos, celebridades que se declararam bipolares. Porque é preciso que as famílias diferenciem os sintomas para não incorrerem em erros de avaliação da pessoa, e sejam facilitadores da relação familiar. Inscrevam-se! Ajudem a desconstruir o preconceito.

*https://www.abrata.org.br/ Associação Brasileira de familiares, amigos e portadores de transtornos afetivos.

**Jamison Kay R. Uma mente inquieta. 2ª ed. São Paulo: Ed. WMF Martins Fontes. 2009. 267p.

***https://pt.graphistik.com/signs-that-you-may-have-moderate-depression. 7 poemas de depressão: o que os maiores poetas do mundo podem nos ensinar