Nosso maior Problema no Mundo

Ciência tem instrumentos para tratar mais de coisas materiais, por mais que também criamos novas metodologias e novos instrumentos para tratar de aspectos mais metafísicos e psicológicos.

Não existe limite para investigação, portanto as fronteiras dos aspectos palpáveis, dedutíveis e revelados , nem sempre existem, pois todos concordam e não deveria haver preconceito da ciência com o sobrenatural.

Porque na vida, queremos ser felizes com endorfinas ou com amor, tanto faz. Queremos evitar o cortizol, ou o stress. Precisamos de ocitocinas ou de ser gratos. Estas coisas possuem suas linguagens bioquímicas ou teológicas, mas são as mesmas, porque a verdade, ela é uma só.

Podemos perceber que muitas vezes somos infelizes porque odiamos uns aos outros; apesar de sabermos que todos erram, ainda assim escolhemos quem errou para odiar, enquanto relevamos os erros de um amigo, parente, filho, correligionário , do mesmo partido ideológico ou político, para odiar os outros. Porque como disse Sartre, "o inferno são os outros."

É fácil odiar, já perdoar é dificílimo , e é mais difícil ainda amar; Por isso somos infelizes, pois estamos cercados de errantes , toda hora alguem "pisa na bola" e vamos ajuntando decepções. Aquele ali não quero mais contato. E assim vamos nos isolando socialmente, nem membros da nosssa própria familia queremos por perto, e talvez terminemos a vida num sitio isolado não querendo nem receber ninguem, pois nos colocamos como quase únicos justos e todo o mundo como quase todo errante.

Se olharmos bem, perguntamos com quê direito temos para não perdoar uns aos outros aos erros que todos comentemos ? Quem não tem pecado para atirar pedras? Não é super coerente que errantes perdoem outros errantes? Mas de alguma forma isso não acontece. Nos perdoamos nossos erros, e ai de quem falar deles, mas quando se trata do erro dos outros , somos os primeiros a odiar e a nos sentir ofendidos e traídos.

Certamente vemos mais facilmente os erros dos outros que os nossos , pois temos olhos com uma visão externa super calibrado, mas nossa visão de nós mesmos depende de muita oração para que Deus, aquele que tudo vê, nos revele nossos pecados e erros. Portanto nada mais lógico que perdoar uns aos outros , nada mais coerente, mais justo, porque estamos todos no mesmo barco.

Certa vez Deus me inspirou a provar para irmãos de igreja que somos muito parecidos com todos os que estavam crucificando Jesus e separei grupos de pessoas assim :

Os obedientes ao sistema e a patrões para fazer tudo que lhes pede, também são os soldados que obedeceram ordens para pregar pregos nas mãos dele.

Os que disputam cargos e honrarias , puxando o tapete uns dos outros e eliminando a concorrência, são Anás e Caifás que vendo Jesus ter mais sucessso religioso que ele, tratou de resolver o "problema".

Os que tem medo de se envolver em confusões , são os discípulos que fugiram ou negaram Jesus como Pedro?

Os que ganham altos salarios e precisam cometer algumas injustiças para se manter no posto, são como Pilatos que lavou as mãos para não contrariar Anás e Caifás que poderiam denunciá-lo como alguem que protegia um conspirador do reinado impaciente de Cesar.

Os que sempre estão com a maioria ou que seguem líderes religiosos são os que gritaram crucifica-o. E por ai vai...

Em nossa vida, espelhamos atitudes que são exatamente as mesmas daqueles que mataram Deus. Então Deus nos perdoa e Jesus diz "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem"

O ódio aos que erram é o resultado mais lógico que nos ocorre e ocorre também a Deus , pois como mencionou Paul Washer, quanto mais justos somos , mais odiamos coisas erradas ; quem mais é justo na organização, mais odiará a bagunça; quem mais ama as crianças, mais odiará a pedofilia, quem mais ama a justiça, mais odiará a injustiça , quem mais ama a ciência, mas odiará pseudociência, e assim por diante.

Então o ódio de Deus é imenso percebe? O mais justo dos justos , aquele que mais direito tem de não perdoar, tem o direito de odiar sem limites . Mas Ele despejou seu ódio em si mesmo ao ser torturado por ver seu filho na cruz. Para poder nos perdoar. Esperando que façamos o mesmo, que odiemos a nós mesmos no lugar de odiar aos outros por seus erros.

Olha, e será tão fácil odiarmos a nós mesmos, muito mais do que foi a Deus, pois Ele não tem incoerência, mas nós somos muito injustos e inoerentes, exigindo coisas que muitas vezes não praticamos. E se praticamos um aspecto erramos em outro, pois todos somos quebra-cabeças que complementam falhas e acertos, arestas e bordas, necessidades e atributos.

Então vamos abraçar a todos? Não. Existe um limite. "Não jogueis vossas pérolas aos porcos". Não devemos dar atenção aqueles que apenas zombam , que teimam diversas vezes e não querem diálogo aberto e sincero. Que não admitem erros. Aí está o limite , não do amor e do perdão, mas da convivência, porque orgulhosos e teimosos são bem piores que os errantes comuns.