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Entrevistei o Chat GPT com duas perguntas: a primeira, sobre a real capacidade de sua própria consciência, e a segunda, sobre a possível emergência de inteligência humana real em tecnologias de inteligência artificial futuras. Em outras palavras, coloquei o Chat GPT para pensar sobre o argumento filosófico do quarto chinês de John Searle. A surpreendente resposta você acompanha neste vídeo.

 

 

Pergunta I: Chat GPT, por favor, explique o argumento do quarto chinês, do filósofo americano John Searle — e como esse argumento prova que o Chat GPT não tem consciência.

 

Resposta I: O argumento do quarto chinês é um famoso experimento mental proposto pelo filósofo John Searle, que visa criticar a visão computacional da mente e da consciência.

No experimento, Searle imagina um homem que não fala chinês e é trancado em uma sala. Ele recebe um conjunto de regras que lhe permitem manipular caracteres chineses que lhe são entregues, de tal forma que, quando um conjunto específico de caracteres é recebido, ele deve responder com outro conjunto específico de caracteres. Neste sentido, ele é um "programa de computador" que segue as regras sem compreender o significado das palavras chinesas.

Apesar disso, Searle argumenta que, do ponto de vista externo, as pessoas que estão do lado de fora da sala poderiam pensar que o homem entende chinês e está respondendo às perguntas feitas por eles em chinês. Porém, Searle argumenta que o homem dentro da sala não compreende o significado das palavras chinesas, e que, portanto, a capacidade de processar informações e seguir regras não é suficiente para que ele tenha consciência ou compreensão de um idioma.

Da mesma forma, Searle argumenta que os computadores são como o homem dentro da sala: eles podem processar informações seguindo regras, mas não têm a capacidade de entender ou ter consciência do que estão processando. Assim, por mais avançados que os sistemas de inteligência artificial possam ser, eles nunca terão o poder de compreender o significado das coisas como um ser humano.

Aplicando esse argumento ao ChatGPT, que é um sistema de inteligência artificial, podemos concluir que ele não tem consciência, pois sua capacidade de processar informações e fornecer respostas é baseada em regras e algoritmos pré-programados, sem que ele tenha uma compreensão real do que está sendo dito ou do significado das palavras. Portanto, o argumento do quarto chinês é frequentemente usado para criticar a ideia de que os sistemas de inteligência artificial possuem consciência ou conseguem entender a realidade como seres humanos.

 

Pergunta II: Caro Chat GPT, com base em sua resposta anterior, podemos afirmar que o argumento do quarto chinês de Searle prova que nenhuma máquina poderá ter inteligência ou consciência real no futuro?

 

Resposta II: O "argumento do quarto chinês" é uma crítica ao funcionalismo, uma teoria filosófica da mente que sustenta que a mente é uma função do cérebro e as máquinas podem ter uma mente se implementarem essa função.

O argumento do quarto chinês, proposto por John Searle em 1980, apresenta um experimento mental em que um falante de inglês é colocado em uma sala, e recebe uma série de símbolos chineses e instruções sobre como combiná-los para produzir respostas adequadas a perguntas em chinês. Mesmo que o falante de inglês consiga seguir as instruções e produzir respostas adequadas, Searle argumenta que ele não entende o chinês. Da mesma forma, mesmo que uma máquina possa produzir respostas adequadas a perguntas em chinês, ela não entenderia o chinês, ela só seguiria um conjunto de regras mecânicas.

No entanto, o argumento do quarto chinês não prova que nenhuma máquina poderá ter inteligência no futuro. Embora o argumento possa ser usado para questionar a validade do funcionalismo, ele não é uma refutação definitiva da possibilidade de inteligência artificial.

Há várias abordagens para a inteligência artificial que não dependem do funcionalismo, e muitos pesquisadores acreditam que a inteligência artificial pode ser alcançada por meio de técnicas como redes neurais profundas, aprendizado de máquina, processamento de linguagem natural e outras. Além disso, há um debate em andamento sobre a natureza da mente e da consciência, e se a máquina pode eventualmente alcançar esses estados de forma alguma.

Em suma, embora o argumento do quarto chinês possa ser uma crítica ao funcionalismo, não é uma refutação definitiva da possibilidade de inteligência artificial. A inteligência artificial continua sendo uma área de pesquisa em rápido desenvolvimento, com muitas possibilidades futuras.

Aislan Bezerra
Enviado por Aislan Bezerra em 04/04/2023
Reeditado em 09/04/2023
Código do texto: T7756040
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