Amargurado
Como quem ama e não sabe
Eu ando na calçada desavisado
Com o peito magoado
Dessa vez porque não sei
Sei apenas que olhando para frente
Não tenho nada atrativo
Nada que me dê um alívio
Dessa existência tênue.
Em casa pego um livro
Que fala de poesia
E numa página qualquer
Fala de um amor
Que se quer um dia sonhei ter
Gostaria de tirar do livro
Essas palavras
Pintar em uma tela
E chamar de minha amada
Mas olhando a minha frente
E não encontro nada
Por isso deito e adormeço
De tudo que sofri
Me esqueço
Por tudo que quis
Amanheço
E novamente me ponho a frente
De um dia num livro de poesia
Querendo sentir á frente
O amor de minha vida.