ANTE O INTERMINÁVEL DAS LETRAS

ANTE O INTERMINÁVEL DAS LETRAS

Letras pessoais anunciam os nomes confusos das peculiaridades públicas.

O apenas cuida das individualidades únicas, relevantes para os movimentos coletivos.

A espera do fazer nasce dos crescimentos ativos.

A firmeza possível da solidão afirma a estabilidade dos monólogos.

As ofertas do não prescindem de concessões.

As demonstrações secas das ausências proliferam as constâncias das faltas dispensáveis.

O recolhimento fertiliza a esperança dos alcances.

O avesso supersticioso desatina a loucura.

O resignar verbal deturpa os desígnios do silêncio.

O querer conjuga o tempo e o modo do ter.

O nada nega o desejo das exclusividades.

Ao ser posse, o possuir é uma possessão obsecada.

O amor ao sonho invisível beija compromissos unidos.

A imaginação onírica significa o vocabulário da realidade subjetiva.

Infinito, o consumir da brevidade substitui o consumar pelo prolongar.

Efemeridades pronunciam as perdas das eternidades inexistentes.

As adversidades dos aprendizados desperdiçam as descobertas iguais das diferenças intermináveis.

Sheila Gois.

Sheila Gois.
Enviado por Sofia Meireles em 30/05/2023
Código do texto: T7800804
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