Giz

Em meio a brisa gelada, sob o oceano celeste, corvo de vidro com asas de papel, voando na chuva, caindo se perdendo na música perdida. lobo de papel do coração de retalhos de vidro, uivando o uivo sem som, em meio a caminhos flutuantes desenhado com giz, lingando sonhos que nunca se encontram. Vitral em forma de flor de hera se quebrando nos espinhos da flor a habitar. Sombra sem sombra, se perdendo em sonhares, ouvindo a doce canção perdida enquanto permanece em companhia do silêncio. Criatura sem face enxergando a dor a ser ocultada na armadura de espinhos a qual por um momento sonhou alcançar a portadora. Reflexo invisível de lugar nenhum, vagando em meio a algum lugar em nenhum lugar, se perdendo em tentar alcançar além de caminhos quebrados e muralharas erguidas.