Sociedade Cardíaca

Quando vejo o horizonte desta cidade

Vejo pouco solo de fertilidade

E as espingardas jorrando faíscas

Com promessas e vidas promiscuas

As mulheres paradas na esquina

Com quantas palavras se faz um discurso

Com quantas idéias se muda a sentença

Em dívida com a vida

Por não estar no mar quando navegamos para encontrar

Nas paisagens do passado em outras percepções

E quando tenta enriquecer a custa da mania

E tenta me dizer o que não quero escutar

Nas novas ondas que não dizem nada

Os cometas não irão desembarcar

E as mãos estão desunidas

Os homens guiam e não sabem aonde ir

Entre outros sonhos espero

Ter um momento de paz

Por pouco esquivei da maneira cardíaca da sociedade explodindo em vozes gritando porcarias