TEMPO DE NINGUÉM

O tempo é tudo o que não temos...

As vezes aleatoriamente abrimos a porta da geladeira e meio que

Inconscientes nos perdemos neste "Espaço-tempo..."

Sem sequer sabermos o que viemos pegar

E nosso olhar se perde, vítreo, hipnótico, distopico

Está tudo lá e nada pegamos como se nada tivesse

Do pão dormido, queijo, manteiga até a porta do ovo...

E quando saímos da vacuidade momentânea do mofo

Fechamos a porta (Portal!?) de novo...

Assim é o tempo que se descondensou e passou por nós

Como uma fumaça invisível e se dissipou

Sem sabermos ao certo onde está

E se existente para onde foi...

Mais este tempo em resiliente desatino

Nunca mais voltará de onde saiu é rolha abandonada pelo vinho

Nesta porteira que abrimos na ampulheta do destino...

Nunca o perderemos até de passar já se perdeu

Tal qual o vento a ninguém pertence como um errante ateu...

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 25/07/2023
Código do texto: T7845985
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