O PÉ DE TAMARINDO
Francisco de Paula Melo Aguiar
O pé de tamarindo de Augusto.
Sombra de outras eras.
Vive ainda mais que justo.
Abrigo gratuito das quimeras.
Enquanto o machado bronco.
A exemplo do passado.
Não cortar seu tronco.
E o tempo passar o arrado.
Arrancando suas raízes.
Sentença dos seus antepassados.
Do mesmo solo como matrizes.
Mártires do tempo arrancados.
Debaixo do tamarindo.
Tudo é simbolo surreal.
Em verso e prosa do tempo indo.
Na véspera do último funeral.