Monopólio

Fazedores e exibidores de cultura precisam atentar que a cultura não admite monopólio, em qualquer cenário que a cultura se apresentar ela terá de ter de verdade uma só informação, fatos históricos e/ou atuais, ou seja, o conteúdo da informação terá de ser incontestável, tem de ser exato por excelência, cujo ensinamento não pode partir do individualismo nem do achismo.

Fala-se muito da questão de recurso para a cultura nas periferias das grandes cidades, nunca do interior desse próprio estado, o qual é responsável por disseminar cultura a toda sua população, enquanto cabe a prefeitura disseminar essa mesma cultura na cidade.

As Secretarias de Cultura tanto das cidades, quanto dos estados devem ter as mesmas atribuições, claro, estado com maior abrangência territorial – atribuições essas que desconheço – as liberações desses recurso devem atender critérios estabelecidos em leis, é preciso imparcialidade, não se admitindo visibilidade com argumento.

No caso da Cidade do Rio de Janeiro, a Zona Oeste sempre é a mais prejudicada nessa questão, enquanto as áreas mais ricas são beneficiadas pela proporcionalidade devida a baixa concentração de habitantes e por já ter todos os equipamentos necessários aos seus artistas, - diga-se de passagem artistas renomados - na Zona Oeste, pode-se dizer que nada ou quase nada tem de equipamento por falta de recurso, cuja população é de aproximadamente quarenta e dois por cento, uma vez que a proporcionalidade atual não atende as necessidades dessa região Oeste da nossa querida Cidade Maravilhosa.

Por tanto é preciso adequar a legislação para que todas as regiões independente da sua importância recebam recursos de acordo com sua população, visto que a realidade demográfica é bem distinta, a Zona Oeste da Cidade do Rio de Janeiro não quer monopólio da cultura, quer apenas poder ter o mínimo necessário para atender sua população que, em pleno século vinte e um, ainda tem fome, muita fome de cultura.