Não existe depressão num abraço

Depois dessa semana de folga, de ter encerrado alguns ciclos na minha cabeça (há muito acabados) e dos primeiros dias terem sido terríveis, esse fim de semana foi de libertação.

Saí com pessoas que gostam da minha companhia, tive uma dose de carinho e afeto que tanto precisava.

Fiz tudo o que precisava livremente e sem pressão.

Hoje saí, fui para meu lugar favorito no mundo e fiz tudo o que mais gostava. Lá continua incrível, há meses eu tentava ir e não conseguia.

Mas veja só, hoje, sem preparo algum, deu certo. As coisas são assim.

Em relação a você, meus textos sempre voltam a você.

Mas hoje eu não te procurei. Nem pretendo procurar mais. Não faz mais sentido.

Não quer dizer que eu não tenha pensado em você. Você ainda vive em mim, tem um pouco de você por todo canto, tanto em mim quanto em todos os lugares.

Tem doído menos, talvez meu luto por nós esteja passando sem que eu perceba de verdade. Ainda dói, mas é como cólica, as vezes eu nem lembro que tenho. As vezes incomoda um pouquinho. Mas eu sei que passa, é só esperar um pouquinho que passa.

Não quero saber como está, o que faz ou deixa de fazer, nem do seu gato eu quero ouvir mais. Por mais que eu goste muito dele. Sei que cê tá bem e se não tiver, vai ficar, você tem sua vida, eu preciso cuidar da minha.

Ainda vou terminar um texto meu sem falar de você. Mas acho que não é hoje.

A Musa Irregular
Enviado por A Musa Irregular em 20/08/2023
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