Do trivial ao jovial

na vida é preciso tomar cuidado pro gesto sereno e amigo não atrair o mal-grado que é a inveja do inimigo.

na vida é preciso tomar cuidado pra não ser absorvido de mais. É preciso ter a cautela e o bom-grado pra não deixar algo para trás.

na vida é preciso não estar absorto em uma só proposição. É preciso também preponderar o que está morto, pra não se esquecer do passado em questão.

na vida é preciso agarrar-se a plenitude para ser mais humano. É também preciso deixar-se que o espírito mude ainda que este seja insano.

na vida é preciso esperar a hora certa de cada momento. É preciso deixar a vida guiar-se incerta, feito o pó de alento.

na vida é preciso viver nem que de ilusão. Na vida é preciso crer, nem que em crença de pagão.

na vida plena e celeste, a serenidade se veste do que sou e não deixarei de ser. E agora mais pronta e segura estou para o novo velho modo de viver ...

o meu porvir é seguro e acredita no que o tempo vai dizer. Mesmo sabendo que a esperança é quem incita o dizer duro pra vida não cedo demais perecer.

eu não esmoreço na minha jovialidade, pois não tão cedo conheço a tal antiga trivialidade.

sou trivial somente quando descontente desacredito na humanidade.

a minha prece é de solidão.

e assim permanente, ainda assim sou inteira emoção.

a vida plena me espera e não me esquecerei dos dias em que minha última quimera era apenas razão.

Agora não há mais influência externa que me tire a verdade eterna de meu tão precoce coração.

Andrea Sá
Enviado por Andrea Sá em 21/12/2007
Reeditado em 22/12/2007
Código do texto: T787399