Da conjugação.

Quiasmos conjugais e erupções de pequenos vulcões. Tudo bem cinza, calmo e metódico. Polido e cortês como só eu sei urdir. Pretensão em devaneios, placebo de eufemia ou hipérbole truncada. Cacete, cadê a educação ?

Bem estar. O cumprimento é essencial pra se iniciar alguma coisa, partindo dum novo ou mesmo do reiniciar de um antigo, claro. Claro pra mim, claro, lógico. O cumprimento procede o desbloquear. I won't do that twice. Que dialética pertinentíssima que se espera dum copo de percentagens e conhaque/vinho/maquiavelismo. Não é lei entender, claro, lógico [pra mim].

Férias. Não é entendido como a ociosidade pode nos tornar tão produtivos e reacionários à fervilhares internos. Conversei com um robô, hoje. Programa, na verdade. Programa que montava respostas frasais de um diálogo a partir de palavras-chave de minhas sentenças. Foi lindo. Ela era inteligentíssima e me entreteve por 40 minutos. Nada de prosa ou pensamentos prosaicos hoje. Nada de passarinhos cantando, sonhos estilhaçados e metas interrompidas, menstruadas. Hoje é tudo muito novo, inclusive o meu pullover decotado é novo, também.

Vermelho. Vitae infértil é a cor, acho ou parece. Minhas mãos não são as mesmas de antes. Estão gastas, com as pontas roídas e tem uma moça no apartamento ao lado que parece se vangloriar de ter um liquidificador apocalíptico. Quando prepara algo para beber [presunção achar que é necessariamente pra beber], o som que projeta se assemelha à premissa do desastre, vadia. Morra engasgada com algo mal batido. E olha que eu nem moro aqui. Apartamento do Pedro.

Falaram, ele e o Renato, sobre tudo o que uma boa dialética descompromissada permite. Desde Demi Moore até Convencimentos Judaicos. Natural que eu tenha participado com a minha petulância extremamente parcial. Lindo isso de ser abstrato, baby.

Hoje foi um dia seco e sem catarro. Triste. Quase um Quaresma, eu. Se eu descer, você suba aqui no meu pescoço e faça dele o seu almoço; roa o osso e deixe a carne. Pensando em Curitiba, nesse meu fim, fico triste por conjeturas e termos intelectualóides não permitirem que eu vá. Às vezes, prefiria que não houvesse orgulho, sensatez ou essa minha linha de pensamento que só permite a primeira pessoa nesse caso de desabafo. Se fosse menos polido e avesso, penso que conseguiria tão mais do curto período de existência que me permito aqui, nas linhas.

Komoundoros
Enviado por Komoundoros em 22/12/2007
Código do texto: T788027