ANTE A JORNADA DAS CARGAS

Na jornada da vida, a velocidade das incertezas faz do não uma sabedoria diária, opção do apenas demonstrativo, que designa as resignações aos caminhos superficiais da insegurança.

Término e início sonham com o infinito, expansivo nas buscas pelo avistar de um momento conciliador as ações e reações.

As efemeridades temporais das essências possuem comparações eternizadas por questões ínfimas.

O acordar do enlevo pleno conscientiza as dormências que insistem no manter cativo do silêncio.

O querer das memórias físicas deseja retroceder nos obstáculos.

As transformações das cinzas ofertam rumos exatos aos finais.

Íngreme, a dor da solidão distancia os sofrimentos atrozes dos sentimentos confusos.

O frio há de julgar a purificação das adversidades, que se aquecem mutuamente entre si.

As confissões e as redenções pedem livramentos às proibições.

O estar cercado pelo amor inabalável distorce as conclusões das ausências, faltando aos vazios que preenchem.

Os abraços que se encontram com a paz trazem serenidade às perdas inadiáveis, ainda que imprevisíveis.

O sempre concede verdades à felicidade.

A dança existencial segue nos enfrentamentos dos atrasos estagnados.

Os sentidos despertam o além do aqui.

As passagens rápidas sopram o ar dos modos contínuos.

A libertação dos fardos e das cargas coletivas significa a cura de cansaços e descansos.

Sheila Gois.