DIZERES DO NÃO

DIZERES DO NÃO

O não quer ter nascimentos.

As descobertas individuais se abrem aos segredos coletivos.

O deixar se dá aos beijos das honras demonstrativas e pessoais.

Os cruzamentos públicos dos colos repousam resignados.

Os fazeres favorecem voltas muito tardias.

Os reflexos das feridas possuem definições físicas.

O reconhecimento dos gestos desconhece palavras conhecidas.

As desculpas baratas se comunicam com a verdade sem perdão.

O quando apalpa os toques das vozes mudas.

A tristeza é uma fala inquisidora da alegria.

O nada parece suficiente.

O mundo derruba as metas particulares.

Os dias das soluções definitivas problematizam as teses das provocações.

A insuficiência impossibilita tolices.

A compreensão da dor encadeia as explicações da cura.

As vezes dos batimentos podem trazer o mais aos dizeres do menos.

Sofia meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 01/10/2023
Código do texto: T7898372
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