Qual sentido da vida?

Segundo Jack London, o valor da vida é aquele que ela atribui a si mesma. Logo, esse valor é superestimado e, dada essa superestimação da vida, buscamos desenfreadamente por grandes respostas para explicar o seu sentido. Assim, questionar o propósito da vivência é algo comum entre nossa espécie, e isso se dá pela necessidade de algo que explique o sentido do sofrimento — e não da vida em si — seria doloroso assumir a falta dele na nossa própria existência, porque pensar que não tem grandes motivos para nos impulsionar viver e aguentar o sofrimento, além do nosso instinto de sobrevivência seria enfrentar a dor sem um ópio.

Outrossim, essa busca pelo sentido é reflexo justamente da dificuldade de pensar de forma imparcial (uma razão pura) algo tão intrínseco a nós, porém creio que cada qual significa a vida - seu próprio sofrimento - da forma que melhor lhe parece. Isso pode ser feito através da religião, da ausência de religião, da razão ou quaisquer outros meios que apresentem (ao menos para si mesmo) justificativas plausíveis para a existência.

Ou seja, a vida seria como um bonde andando, no qual entramos e temos que nos situar, um emaranhado de histórias da qual somos apenas um fio. No processo de se situar escolhemos entre inúmeros caminhos possíveis aquele que mais nos parece viável e assim eliminamos também mil possibilidades de vidas que poderíamos viver.

Sartre diz que o homem precisa encontrar-se ele próprio e convencer-se de que nada poderá salvá-lo de si mesmo, ainda que houvesse uma prova incontestável da existência de Deus. Ou seja, não há um sentido pré-estabelecido, existimos e depois significamos a nossa existência, uma ação puramente humana.

Vivemos e aguentamos o sofrimento pelo nosso extinto de sobrevivência, entretanto como seres racionais sempre buscamos significar a nossa existência, logo o sentido da vida é aquele que cada qual atribuí a sua própria existência depois que surge no mundo.

DudaAzevedo
Enviado por DudaAzevedo em 30/10/2023
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