Caminho lentamente pela rua deserta.

Noite fria.

Escura.

Apenas a lua e as estrelas acompanham meu andar solitário.

Na escuridão, destroços de uma antiga civilização.

De cultura mediana.

Conhecimento mediocre.

Acreditaram nos falsos profetas.

Que plantaram a destruição no planeta.

Vultos perambulam pela cidade, como zumbis a espera da morte, que já ocorreu.

Choro e tristeza estão no ar, céu e mar.

De amor sem pudor.

Da emoção desenfreada.

No horizonte o cavaleiro do apocalipse se aproxima.

Para o golpe final.

Fatal.

Como o feto no ventre da mulher.

Pronto para nascer.

Que chora dores de parto.

No quarto.

Na penumbra alguém chega.

Sorrateiro.

Zombeteiro.

Para dizer que o mundo acabou.

Mas ainda tem tempo para um café.

No bule.

Xícara fumegante.

Sorriso radiante.

Onde tudo termina logo mais adiante.

Mendes Neto
Enviado por Mendes Neto em 31/10/2023
Código do texto: T7921257
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