Não posso te salvar.
Voltar seria...
Como te dar uma arma carregada
E engatilhada
Eu sendo seu alvo, imóvel, a um palmo de distância
Para quando, novamente, se sentir entediado... confuso...
Como um ato simples, como respirar, atirar
Sem dó
Meu coração prefere pelas costas
Pois ama a ilusão
De que suas mãos não tem coragem de feri-lo
Mas você sempre faz questão
De me olhar nos olhos
Para descarregar a munição do seu desprezo
Um único tiro foi lhe dado
Atingindo em cheio o seu ego
E quer que eu o cure
Mas como?
Ainda estou me recuperando
Dos muitos que você atirou
Em meu peito sem proteção alguma
Que era tão aberto pra você.