Masculinidade Tóxica

No filme Barbie, que apreciei bastante, Ken se rebela ao descobrir o mundo real, dominado por homens. Ele tenta aplicar o conceito do patriarcado ao universo de Barbie, adotando um comportamento machista estereotipado. Isso reflete a idolatria da masculinidade e a relegação das mulheres a um papel secundário, meras admiradoras de sua virilidade, caracterizando uma masculinidade tóxica. Vale ressaltar que não apenas as mulheres são vítimas desse padrão, mas os próprios homens também, muitas vezes se sentindo pressionados a se conformar a esse comportamento prejudicial.

Eu mesmo já tive minha masculinidade questionada algumas vezes por não me enquadrar nesse modelo, inclusive por amigos meus. O simples fato de ser mais sentimental, gostar de poesia, romances e, até mesmo, de ter assistido ao filme da Barbie, já foi motivo para questionamentos sobre minha masculinidade. No entanto, eu sempre fui bem resolvido com isso.

Esse fenômeno se estende ao mansplaining, onde homens simplificam explicações para mulheres, presumindo uma inferioridade intelectual.

Outra manifestação da masculinidade tóxica é a misoginia, personificada pelo movimento dos "red pills".

Em resumo, o comportamento de Ken no filme, a masculinidade tóxica e o movimento "red pills" são prejudiciais não apenas para as mulheres, mas também para os próprios homens e a sociedade em geral. Se eu fosse mulher, jamais me envolveria com um indivíduo assim.

É importante destacar que o fato de Ken, no filme, ser relegado a um segundo plano de modo algum justifica esse comportamento.

Em oposição à masculinidade tóxica, prefiro permitir-me ter emoções, cultivar empatia pelo feminino e, como afirmava Picasso, agir como um artista, aprendendo a sentir e pensar como uma mulher.

Dave Le Dave II
Enviado por Dave Le Dave II em 26/11/2023
Reeditado em 26/11/2023
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