Falsídia

Ele parou para respirar, e pensar

As ações contra um próximo diferente,

nao com três braços, dez cabeças,

na maioria das vezes, com menos dentes.

Ouço muito sobre salvação,

De quem eles precisam ser salvos?

De outros seres maiores, de predadores?

De suas maldades e desamores?

Ele baixou os olhos, e desabou

Tudo não fazia sentido, era podre.

O sofrimento, o descaso, o abandono,

Visto pela janela brilhante no horário nobre.

Se ao menos, agora, decrepto,

Ele me olhasse nos olhos,

E reafirmasse o todo.

Algum sentido , pra mim, talvez tivesse dinovo.

Mas, aquele viril, hoje amarrotado,

Com mãos tremulas, olhos baixos,

Arrependido talvez,

Não de forma consciente,

Mas porque no tribunal do tempo,

Não há perdão, nem corrompimento.