Utopia

Desde sempre pensei em como a felicidade poderia me definir, distinguir a glória da paz, a liberdade do tempo, e minha vida do devaneio. Passei por tempos em que procrastinar negativamente foi o meu forte, nunca fui a pessoa típica em sair e aproveitar fora de casa, mas isso por escolha minha, entende? A minha diversão sempre foi definida em minha própria pessoa, parece até que dentro da minha cabeça tem um ser de luz que coleciona conchas de praia e não faz mais nada além de dormir aos finais de tarde. Esse “nada”, esse limbo que se encontra dentro da minha mente, me faz pensar que a felicidade que não encontrei nas pessoas, eu quero que elas encontrem em mim. Quero viajar pela Utopia dos meus pensamentos, mesmo o mundo não sendo uma fantasia extraordinária, fazer de nossas mentes o nosso conforto é o principal fator do autoconhecimento. No mar não há descanso, muito menos na minha cabeça, ela talvez não goste disso. Passo parte do meu tempo pensando que a importância de valorizar os conceitos humanos é tão drástica, é algo muito difícil para um ser que foi criado justamente para violá-los, sem o respeito, a conscientização, o amor, conhecimento e a lábia, todos se prejudicam. Não quero fazer parte dessa maioria, busco pela melhor opção e não digo que sempre fui assim, pois estaria mentindo. Apenas uma pessoa me fez sentir tanta alegria e melancolia, confesso que saudades é o que mais sinto, mas não posso fazer nada. Culparei a Lua por ter ordenado as ondas o afastarem de mim? Me afogarei para juntar-me ao réu? Nenhuma destas questões são necessárias, portanto, deixaste uma inexpressiva personalidade comigo. Graças a isso me culpo por ser assim, carreguei em minhas costas um imenso remorso por várias luas, mas de qualquer forma, agradeço por ser quem eu sou hoje em dia, me livrei de muitas situações negativas, mas me prendi nas tuas. O pior erro do ser humano é insistir em algo que evidentemente o prejudicará em algum momento.