Hoje
Hoje não preciso de nada demais. Sem cobranças e livre das amarras do cotidiano. Uma sensação de paz, um peito tranquilo, sem sufocar. Sem o ar denso que trazem nossas ilusões. Nos tornam psicóticos como se fôssemos ratos para um experimento que alimentara algum ego de pouca importância.
O que realmente importa? Correr tanto ao nível de esgotamento para chegar onde? Qual a razão da pressa? Quais os motivos que me fazem achar que beiro a perfeição?
Com a pretensão de estar isento de erris vou julgando o outro, pois ele erra. E dentro dessa visão tão pessimista talvez haja algum sentido nobre.ou simplesmente tamanho acaso culminou no conflito que nada somou a não ser desgraças.
Existe um lado bom em algum lugar perdido e perdemos quando deixamos de nos criticar sem demonizar e passamos a julgar cada passo do oitro como se esperasse o erro que me faria perder o jogo.
Na imensa ilusão tudo palpável é importante. Tudo que podemos carregar nas mãos. E o que carregamos no coração. Qual sentimento digno de reconhecimento? Talvez aquele que anda despreocupado. Onde o que corrompe não chega, não há espaço para habitar numa mente livre. E tal liberdade tem seu valor pelas conquistas no caminho e nos ensinamentos que as dificuldades trouxeram.
É possível se esconder dos argumentos ou distorcer os fatos, mas não é possível fugir da própria consciência.