Guerra do amor

Na guerra do amor, eu acho que coloco meu coração na linha de frente quase como um louco que não tem medo de morrer. Sempre coloco meu coração a riscos máximos, e claro, inevitavelmente ele sai machucado.

A vontade de viver um grande amor é tanta que eu vou de peito aberto enfrentando tudo.

Acho que isso já não é nem mais coragem, mas loucura, insanidade, descuido e desatenção, falta de discernimento da realidade.

Logo eu, que sempre sou tão analítico comigo, uso essa análise contra mim mesmo para criar argumentos para mim mesmo, me enganar e continuar insistindo em situações com possibilidades ínfimas de êxito.

É, meu coração é um soldado louco, patriota, obstinado imparável indo de frente até seu inimigo disposto a dar a propria vida em nome da bandeira de seu país: o amor.

Em toda guerra meu coração se machuca, fica um tempo na enfermaria se recuperando e quando está melhor novamente se sente invencível de novo e quer ir para outra guerra.

O que aconteceu com você coração? Você não se cansa de se machucar ? Ou você sofre de perda de memória e se esquece de como é estar machucado?

É até nobre e corajoso o que você faz, mas será que você precisa mesmo enfrentar todas essas guerras e sempre se por em risco ? Tem posições no campo de batalha que você se põe que são muito desfavoráveis em combate, mas parece que você não percebe ou não se importa com o risco.

Talvez coração, você tenha que aprender a viver menos guerras e viver mais em paz.

Talvez seja melhor descansar e viver momentos de calmaria consigo mesmo, ser mais cauteloso e atento e em vez da guerra, esperar conciliação de si mesmo com o mundo e assim

entender que um amor exige esforço sim, mas não luta, nem guerras, amor é paz.