Nove Estações.

Nove Estações.

Hoje, diante da minha esquife, lembro quantas vezes morri entre os meses de Janeiro à Janeiro.

Lembro das vezes que sorrindo vir-me chorando lembranças passadas, momentos quase sempre esquecidos, e, esqueci de esquecer de lamentar-los.

Olho para a foto no mármore frio, na foto, meu rosto parece descasado, porém, cançado apenas de viver mortalmente.

Flores, coroas, canções entoadas no Pionner de um carro, versos conduzidos sem tons vibrantes, mas que, induz a tantos silenciar a própria voz.

Ainda diante da esquife, vejo em meio a multidão rostos nunca apagados pelo tempo, ao contrário, marcaram tanto tempo a ponto de torna-se eternos.

Nove rostos, nove nomes, nove vidas, vidas estas vividas entre os Janeiros, findando sempre no começo de um novo ano.

Então, penso...

Eu morri?..

Estou prestes a morrer?..

Não sei!..

Apenas estou aqui diante da minha sepultura, morada eterna da minha vida por nove estações.

Texto: Nove Estações.

Autor: Osvaldo Rocha Jr.

Data: 24/03/2024 às 12:53

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 24/03/2024
Código do texto: T8026716
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