O Velho Escritor e as Suas Letras.

O Velho Escritor e as Suas Letras.

De letras, o "D" mostrava-se desidioso quanto ao sentir.

O "J", sem saber por onde ir, era jocoso em sua forma.

Arbitrário a seu mundo, o "A" tentava envolver todos com sua vontade pessoal.

Narcisista por natureza, não era capaz de desistir de sua entrada, esse era o "N"

O "I" sem pestanejar, irrompeu diretamente para se instalar atrás do erre.

Em meio essa composição, houve um recrudescimento em que o "R" incitou.

Percebendo a dualidade em si, o "A" ficou absorto no final.

Reza a lenda que um velho escritor, sentado na velha raiz da milenar Cajazeira, saboreando o fruto verde, riscava o solo sagrado.

Ao rabiscar se deu o seguinte texto:

O Eu.

Fleumático se encontrava, resiliente ao seu pensar sobre a face projetada em sua mente. Com movimentos efêmeros e concomitante, prevendo uma vicissitude mover as folhas no olho da Cajazeira, ficou tácito.

Embora cético, agiu de consonância com o vento, bucólico, tornou-se lacônico no compor do acróstico.

Usou da serendipidade com uma pitada de tergiversar sem mostrar claramente todas sílabas tornando hodierno esse presente. Não esperando um redarguir do momento, que, profícuo foi célere no seu ovacionar. Sem querer vociferar, sem usar de ato premido, mas, elucidando esse criar espera medrar toda rima.

O velho escritor um dia fora um menino, sonhando, amando, que/e, até hoje ainda ama cada musa almejada, cada música entoada, cada letra a ser diluída. Letras essas que, são expelidas acima atualmente e somente para você.

Texto: O Velho Escritor e as Suas Letras.

Autor: Osvaldo Rocha Jr.

Data: 15/04/2024 às 17:55

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 15/04/2024
Código do texto: T8042377
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