QUARTO CINCO.

Andando nos corredores infinitos do hospital,

De repente,ouço um chamado baixo que se confundi com o silêncio da madrugada, chama pelo meu nome uma, duas, vezes percebo que vem do quarto cinco, chego na porta meio aberta, vejo aquele olhar de esperança, me olhando nos olhos firme me fala: "Por favor me dá água", ele todo atrofiado com seus braços que não movimenta mais, corpo cansado de ficar só em uma posição, porém lúcido e muito esperto, em seus momentos de alegria, da umas gargalhadas contagiante soando nos corredores, com seus dedos que movimenta somentes as pontas passando os vídeos do tiktok, no celular que ganho da tia, aquele que as enfermeiras após o banho, colocar no suporte firmado com esparadrapo no peito dele onde seus dedos alcança, banho aquele que foi feito no Leito, Uma Higienização perfeita com sabonetes líquido e específicos pra não rececar a pele fina e frágil de um homem acamado de 55 anos,

Após uma vida cheia de farras, bebidas, e bordéis. ""Haaa vida maravilhosa que não volta mais""" diz o relato dele, os pés atrofiados que tanto dançou nos bailes dos interiores da cidade, homem alto que as bainhas tinha que ser desfeita pra não pegar """marreco""" hoje sobra cama, envolvido em uma fralda tamanho M, coisa que não tirou sua alegria de chamar suas companheiras pelo apelido carinhoso que deu a cada uma, Penso!!! que quarto que exala humanidade,!!!! compaixão, companheirismo, sentimentos nobres que os seres humanos teima em esquecer, enquanto o mundo lá fora corre e não ver o tempo passar, no quarto cinco tem esperança de ver a beleza do mundo que não pode aproveitar.

Lucyana Rodrigues
Enviado por Lucyana Rodrigues em 07/05/2024
Reeditado em 08/05/2024
Código do texto: T8058502
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