Rumin(ação)

Uma mão outonada toca minha fronte, beija meus cabelos em desalinho... é um sonho... É um sonho que nasce na alvorada da noite... Mesmo os pés na terra, um dia soltei pipa com a alma atribulada de nuvens... E, deitei o sonho a voar translúcido como as asas que pairavam, coloridas, no ar... É por isso que rumino palavras, para que se fixem nas paredes dos labirintos infindos, como mensagens indicadoras para mim mesma, para que eu sempre possa voltar...(como a pipa sempre volta para as mãos de terra...) se um dia eu me perder de mim mesma pelo caminho...